Há
várias hipóteses, pouquíssimas delas plausíveis,
para a mancha no sofá de Abreu. Passados 49 anos ela continua
lá, com a mesma cor e contornos, perene como o morro do Pão
de Açúcar e cada vez mais disposta a desafiar a
ciência. Sim, porque tudo indica que não há força
cósmica nem reza brava que pareçam capazes de acabar
com ela.
Surgida
sem causa aparente nem testemunhas que atestassem o momento exato do
seu aparecimento, o achado tem peculiaridades físico-químicas
ainda não suficientemente compreendidas, com arranjos
moleculares nunca antes observados em quaisquer matérias do
planeta.
Essa intrigante incógnita desafia a comunidade científica e mobiliza pesquisadores de toda parte a buscar uma explicação satisfatória para o caso. Recentemente, teve lugar na sede de campo da Associação Comercial de Monjolos das Missões um debate aberto ao público, no qual especialistas de diferentes vertentes tentaram elucidar, à luz da numismática moderna, o intrigante fenômeno - só comparável, em termos de repercussão midiática, ao velório da viúva de Floriano Peixoto.
Como se sabe, Abreu é ávido consumidor de aipim, granola com raspas de coco e Gatorade sem gelo, itens que ingere separadamente às terças, quintas e sábados, e batidos no liquidificador às segundas, quartas e domingos. Indagado sobre o motivo de nunca fazê- lo às sextas, Abreu mostrou-se evasivo e pouco convincente, chegando a alegar razões de natureza religiosa para abster-se do consumo da ração habitual naquele dia da semana. Parece desprezível esse pormenor, mas foi a partir dele que os estudiosos do caso estabeleceram uma relação entre o aparecimento da mancha e a rotina alimentar da vítima. Deduziu- se que a mancha, por estar no sofá, tem 93,7% de chance de ter sido causada por guloseima entornada e que, assim sendo, poderíamos ter como afastada a hipótese dela ter aparecido numa sexta, dia que Abreu dedica ao jejum, conforme explicado acima.
Reconhecida
pelo Guiness World Records como a mancha mais extensamente estudada
na história da humanidade, a busca por “Abreu's Stain” é
hoje uma das vinte mais solicitadas no Google mundial, e cogita-se
recolher uma amostra da mesma para incluir na próxima cápsula
do tempo a ser lançada ao espaço pela NASA.
Há cerca de três meses, sem causa aparente, a mancha de Abreu começou a demonstrar comportamento atípico. O mais atípico possível, em se tratando de uma mancha de sofá: tornou-se intermitente, ou seja, era visível num dia e invisível no outro. Munidos de câmeras ultramodernas, cinegrafistas mantêm-se a postos com suas lentes e luzes apontadas para a nódoa mais célebre do universo, esperando captar o momento de mudança do visível para o invisível, ou vice-versa. Espera-se para as próximas horas a divulgação de boletim com notícias atualizadas sobre o caso.
Há cerca de três meses, sem causa aparente, a mancha de Abreu começou a demonstrar comportamento atípico. O mais atípico possível, em se tratando de uma mancha de sofá: tornou-se intermitente, ou seja, era visível num dia e invisível no outro. Munidos de câmeras ultramodernas, cinegrafistas mantêm-se a postos com suas lentes e luzes apontadas para a nódoa mais célebre do universo, esperando captar o momento de mudança do visível para o invisível, ou vice-versa. Espera-se para as próximas horas a divulgação de boletim com notícias atualizadas sobre o caso.
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Realmente... risos.... eu quero mesmo saber notícias fresquinhas da mancha nada fresquinha... risos... beijo!!
ResponderExcluirOlha, tendo algo mais concreto, me avise....diabo de mancha, né memo?
ResponderExcluirAqui confabulando com "as fábulas" políticas... essa tal mancha não seria as que "impunemente" se destilam os nossos ardilosos candidatos? Acho ser o efeito dos venenos destilados... [risos] ... Chegam até a passar mal!!
ResponderExcluirAbraço.
Mas essa mancha do Abreu nasceu antes de mim!! Entendo que esse comportamento atípico da mancha - vamos combinar: ela tem vida própria- Seja em consequência do climatério - isso mesmo! Essa mancha está num processo de transformação - tão logo ela assuma de vez a menopausa deixará de ser mancha para ser bolha. Vai ver se o Abreu vai desfrutar desse sofá novamente! Nem perto vai conseguir passar, quanto mais descansar sua buzanfa sobre a mancha.
ResponderExcluirMeu Deus! Associação Comercial de Monjolos das Missões? Eu não vejo um monjolo em ação desde a minha infância, preciso correr atrás disso e mostrar aos meus filhos, assim como mostrei papel carbono e eles ficaram maravilhados! Mas, lendo atentamente seu ótimo texto, pude perceber que tudo é obra de Theobaldo. Theo é o meu fantasma pessoal, conhecido por todos meus alunos (e que tinha até orkut). Ele gosta de aprontar coisas assim. Chame os Caça-Fantasmas, mas não judie do meu amiguinho! hahahaha
ResponderExcluirBeijo! Adorei!
Caro Marcelo
ResponderExcluiruma ótima semana e aproveitando o assunto, bota tudo na conta do Abreu....
Abraço
Rossi
Fiquei curiosa!
ResponderExcluirQuando o caso for elucidado, vc me conta, tá?????
Bom FDS
Claudete
Aguardo próximas notícias da mancha no sofá do Abreu.
ResponderExcluirCeli
Está mais do que claro que essa tão misteriosa mancha não passa de um escorrimento de menstruação mal contida. O resto é puro blá, blá, blá. Meu abraço, amigo Marcelo.
ResponderExcluirPois é, há manchas e manchas... Vai ver apareceu encomendada por alguém interessado em analisar o caráter leviano dela, ou do Abreu - hoje em dia isso está mais que na moda. Grande abraço, Marcelo.
ResponderExcluirProvavelmente daqui há um tempo estarão fazendo uma típica festa popular para a "Mancha do Abreu", assim como em SP fazem a Festa de San Genaro, aguardando que num dia específico a mancha desapareça para aparecer no dia seguinte. hahahahah Adorei Marcelo. Boa semana sem manchas...
ResponderExcluirEssa mancha rivaliza em notoriedade com outra, provocada por um ex-presidente americano no vestido de uma então estagiária da Casa Branca. Mas acho que a do sofá Abreu provocou mais comoção pelas peculiaridades. Abs meu caro amigo.
ResponderExcluirSeria uma maldição? O Santo Sudário deve ter sido mais estudado, Marcelo. Ou não? A história, aparentemente banal, prendeu minha atenção de forma inesperada, considerando-se estarmos em horário de verão e já ser quase meia noite, sendo que eu acordo às 6 h. Isso é um visível elogio. Boa noite!
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